Dr. José Gonçalves – Urologista em Belo Horizonte- MG

 

O câncer de próstata é uma dos cânceres  mais comuns  em todo o mundo, sendo o segundo câncer mais frequente no homem e a segunda principal causa de morte no homem.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estimam-se mais de 1,4 milhão de novos casos diagnosticados anualmente.

A Incidência de câncer de próstata é significativamente maior em homens negros, sendo 70% superior em comparação com homens brancos, e a mortalidade é aproximadamente duas vezes maior.

No Brasil, dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que esse tipo de câncer é o segundo mais frequente entre homens, com aproximadamente 65 mil novos casos previstos anualmente, reforçando sua relevância epidemiológica. 

Apesar dos avanços no diagnóstico precoce do Câncer de Próstata por meio do antígeno prostático específico (PSA) e do toque retal, o câncer de próstata ainda apresenta desafios complexos já que pode variar  desde tumores indolentes (que não matam)  a formas agressivas e debates sobre os potenciais riscos de sobrediagnóstico ( fazer muito diagnóstico )  e sobretratamento.  ( tratar muito ).

Além disso, políticas públicas de conscientização e acessos  mais eficazes ao rastreamento, tratamento e cuidado dos pacientes com  câncer de próstata destacam-se como pilares para reduzir o desfecho desfavorável da doença.

Urologista : O médico que faz a Cirurgia do Câncer de  Próstata

dr. José Gonçalves Urologista

Saiba sobre o Dr. José Gonçalves Urologista

dr. José Gonçalves Urologista

* Dr. José Gonçalves é Médico Urologista em BH. Atende atualmente no seu consultório na cidade de Belo Horizonte onde atende homens e mulheres com diversos problemas de Urologia e para Controle da Saúde do Homem .



* Dr. José Gonçalves é Urologista especialista em Cirurgia Robótica e Cirurgias Minimamente Invasivas.



* Possui Certificação Internacional  em Cirurgia Robótica e Pós Graduação em Cirurgia Robótica.

* Dr. José Gonçalves é especialista em tratar o câncer de próstata assim como outros tumores do trato genito urinário.

* É Especialista em Tratar o Câncer  com Técnicas Minimamente Invasivas como a Cirurgia Robótica  por considerar que pode oferecer o melhor da tecnologia diminuindo os riscos aos pacientes.

* É também Preceptor de Residência Médica de Urologia no Hospital das Clínicas / UFMG  e Hospital Life Center / BH onde ensina as Técnicas Minimamente Invasivas a seus alunos acadêmicos de Medicina e  residentes de Urologia nas diferentes doenças da urologia.

* É o Coordenador do Serviço de Urologia do Hospital Life Center.

* É especialista em Transplante Renal e Membro da Equipe de Cirurgia  do Transplante Renal do Hospital das Clínicas / UFMG.


Para escolher um Urologista é importante saber as opiniões dos  outros pacientes que passaram por tratamento com  aquele médico.

Dr José Gonçalves tem inúmeras citações de pacientes extremamente satisfeitos com a forma que foram tratados do câncer de próstata e de outros tumores Urológicos.

“ … atendimento  esclarecedor  , empático , acolhedor e que passa confiança. “   Veja algumas opiniões desses pacientes abaixo:

depoimento pacientes
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Leia também:  O que faz o Urologista? Entenda como esse especialista pode cuidar da sua saúde

Você sabe o que é a Próstata ? 

próstata

A Próstata  é uma glândula do sistema reprodutor masculino, do tamanho de uma noz, localizada logo abaixo da bexiga , em torno da uretra e à frente do reto. Sua principal função é a produção de um fluido que compõe uma parte significativa do sêmen, contribuindo para a nutrição e transporte dos espermatozoides  . É fundamental para a reprodução, mas, com o envelhecimento, pode sofrer alterações que demandam   atenção. 

A próstata é também um local comum para o desenvolvimento de doenças, como a hiperplasia prostática benigna (HPB) e o câncer de próstata. A HPB é caracterizada pelo aumento do tecido prostático, o que pode levar a sintomas urinários  .O câncer de próstata é uma das neoplasias(câncer) mais prevalentes em homens e está frequentemente associado à alterações de genes e vias de regulação das celulas que são importantes durante o desenvolvimento prostático.

 Além disso, a próstata desempenha um papel crucial na fertilidade masculina, pois o fluido da Próstata é rico em zinco, citrato e calicreínas, que são essenciais para a ativação e manutenção dos espermatozoides.  

 

 Por Que Surge o Câncer de Próstata? 

Imagem câncer de Próstata

O desenvolvimento do câncer de próstata é um processo complexo que envolve uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais.

A literatura médica destaca vários mecanismos e fatores que contribuem para a origem do câncer de Próstata : O câncer ocorre quando células da próstata sofrem mutações genéticas e se multiplicam descontroladamente.

1.Hormônios Androgênicos(ex:Testosterona ):

A maioria das células cancerígenas da próstata expressa o receptor de hormônio masculino e depende desses hormônios para seu crescimento e expansão. Estudos demonstram que a sinalização androgênica é essencial para a transformação oncogênica ( transformação para câncer ) iniciada a partir de células basais prostáticas.

2.  Alterações Genéticas: 




Alterações  em genes críticos que controlam o crescimento da célula e a reparação do DNA é um fator chave no desenvolvimento do câncer de próstata. Além disso, variantes  herdadas, como aquelas nos genes BRCA1, BRCA2 e HOXB13, aumentam o risco de câncer de próstata e podem estar associadas a formas mais agressivas da doença.
3. Inflamação Crônica: 




A inflamação crônica é frequentemente observada no microambiente da próstata e pode promover a formação do câncer através do estresse oxidativo (alteração no DNA) e da geração de espécies reativas de oxigênio, que induzem mutações. A inflamação também pode causar alterações na forma de expressão dos genes  que favorecem a transformação para câncer.

Esses fatores interagem de maneira complexa, e a compreensão detalhada desses mecanismos é essencial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes e personalizadas para o tratamento do câncer de próstata.

Quais são  as Queixas de quem tem Câncer de Próstata

Na maioria dos casos, o câncer de próstata não causa sintomas nas fases iniciais. Isso ocorre porque o tumor ainda é pequeno e está confinado à próstata, sem pressionar estruturas vizinhas ou causar alterações significativas.

Por isso, o diagnóstico precoce muitas vezes depende de exames de rotina, como o PSA e o toque retal, e não de sintomas.

Principais Queixas do Câncer de Próstata (Fases Mais Avançadas):

sintomas câncer de próstata

Quando o câncer de próstata cresce ou se espalha, ele pode causar sintomas. Esses sintomas geralmente estão relacionados ao aumento da próstata, que pressiona a uretra (canal por onde a urina passa) ou a estruturas próximas. As principais queixas incluem:

1. Sintomas Urinários:

  • Dificuldade para começar a urinar.
  • Fluxo urinário fraco ou interrompido.
  • Sensação de não esvaziar completamente a bexiga.
  • Necessidade frequente de urinar, especialmente à noite (noctúria).
  • Dor ou ardência ao urinar.

2 . Sintomas Relacionados ao Sangue:

  • Sangue na urina (hematúria).
  • Sangue no sêmen.

3. Sintomas de Doença Avançada:

  • Dor óssea (especialmente na coluna, quadril ou costelas), que pode indicar metástase.
  • Inchaço nas pernas ou pés (edema), causado pela compressão de vasos linfáticos.
  • Fraqueza ou dormência nas pernas, se o câncer comprimir a medula espinhal.
  • Perda de peso sem causa aparente.
  • Fadiga intensa.
Por que o Câncer de Próstata é Silencioso no Início?
  • A próstata está localizada em uma região onde pequenos tumores não pressionam estruturas importantes.
  • Os sintomas urinários, quando presentes, são semelhantes aos de outras condições benignas, como a hiperplasia prostática benigna (HPB) ou prostatite (inflamação da próstata).

Quando Procurar um Médico?

Você deve consultar um urologista se:

  • Tiver sintomas urinários persistentes, como dificuldade para urinar ou aumento da frequência urinária.
  • Notar sangue na urina ou no sêmem.
  • Tiver dor óssea inexplicável, especialmente na coluna ou quadril.
  • Fizer parte do grupo de risco (homens acima de 50 anos, negros ou com histórico familiar de câncer de próstata).

Importante:

  • Não espere pelos sintomas para fazer exames de rotina. O câncer de próstata pode ser curado quando diagnosticado precocemente.
  • Se você tem mais de 50 anos (ou 45 anos se for negro ou tiver histórico familiar), converse com seu médico sobre a necessidade de fazer o PSA e o toque retal.
Resumo dos Sintomas por Estágio:
Estágio do CâncerSintomas
Fase InicialGeralmente sem sintomas. Diagnóstico por exames de rotina (PSA e toque retal).
Fase IntermediáriaSintomas urinários leves, como dificuldade para urinar ou fluxo urinário fraco.
Fase AvançadaSintomas urinários intensos, dor óssea, sangue na urina ou sêmen, fadiga, perda de peso.

Leia também: Hiperplasia Prostática Benigna (HPB):  Entendendo a Condição e as Opções de Tratamento 

Rastreamento do Câncer de Próstata: Quando e Para Quem?

O rastreamento do câncer de próstata tem como objetivo identificar a doença em estágios iniciais, mesmo  que o paciente não tenha alguma queixa , aumentando as chances de cura.

No entanto, é um tema que envolve controvérsias devido aos riscos de fazer muito diagnóstico e muito tratamento , especialmente em casos de tumores que não matam.

Existem recomendações diferentes  entre as diversas Sociedades de Urologia pelo mundo  (AUA – Americana ; SBU – Brasil ;  EUA – Européia ) de quando iniciar a investigação do câncer de próstata.

As decisões de quando iniciar devem ser compartilhadas levando em consideração os diversos fatores de risco do câncer de próstata , os fatores individuais do paciente e riscos de se fazer exames invasivos.

  • – Benefícios  :  redução da mortalidade em até 20% em alguns estudos. 
  • – Riscos : biópsias desnecessárias, complicações do tratamento de tumores de baixo risco. 
Recomenda-se iniciar o Rastreamento a partir dos: 
  • 50 anos  :  para homens sem fatores de risco e com expectativa de vida maior que 10 anos.
  • 45 anos :  para homens com fator de risco (Negro, Tabagismo, Estilo de vida ruim, Obesidade )
  • 40 anos : para múltiplos casos na família ou síndromes genéticas (ex.: mutações BRCA) ou para negros com pai ou irmão com a doença.

Importante: A frequência pode ser Anual ou Bienal , dependendo do PSA inicial  e fatores de risco. 

O rastreamento é feito através do Exame do PSA e do toque Retal. Um exame  complementa o outro.  Em torno de 80 % , o diagnóstico do câncer de Próstata acontece pelo aumento do PSA e 20% pela alteração no Toque Retal. Quando o diagnóstico é pelo Toque retal o tumor tende a ser mais agressivo.  Portanto , não deixe de fazer o Toque Retal .

Para homens com níveis de PSA elevados, a ressonância nuclear magnética (RNM ) da próstata pode ser utilizada para melhorar a precisão da biópsia e do diagnóstico .

Afinal: o que é o PSA?

Imagem  PSA

PSA é a abreviação de Antígeno Prostático Específico ou seja é uma proteína produzida exclusivamente pela próstata ou por tecido prostático (exemplo : tumores de próstata avançados ).

Os níveis podem estar elevados no sangue em casos de câncer, hiperplasia prostática benigna (HPB) ou prostatite. 

 Não é específico para câncer, podendo gerar falsos positivos (elevação por HPB ou inflamação) ou falsos negativos (câncer com PSA normal). 

Como o PSA é colhido?

Por meio de Exame de Sangue. Valores considerados normais variam conforme a idade, mas geralmente menores que  2,5 ng/mL

  1. Preparação do paciente:
  • Não é necessário jejum para a coleta do PSA
  • O paciente deve informar sobre medicamentos que está usando, especialmente aqueles que afetam a próstata (como finasterida ou dutasterida).
  • Evitar  ejaculação 48 horas antes do exame.

2. Coleta de sangue:

  • A coleta é feita por punção venosa, geralmente no braço.
  • O sangue é coletado em um tubo específico (geralmente tubo seco ou com EDTA).
  • A amostra é enviada ao laboratório para análise.

3. Processamento:

  • O sangue é centrifugado para separar o soro, onde o PSA será medido.
  • O resultado é obtido por métodos imunológicos que detectam a concentração de PSA no sangue.

 O que pode ALTERAR os níveis de PSA?

Alguns fatores podem aumentar ou diminuir os níveis de PSA no sangue. É importante considerar esses aspectos ao interpretar os resultados:

1. Fatores que AUMENTAM o PSA:

  • Idade: O PSA tende a aumentar naturalmente com o envelhecimento.
  • Hiperplasia Prostática Benigna (HPB): Aumento benigno da próstata, comum em homens mais velhos.
  • Prostatite: Inflamação ou infecção da próstata.
  • Câncer de próstata: A presença de células cancerosas pode elevar o PSA.
  • Toque retal ou biópsia da próstata: Procedimentos que manipulam a próstata podem causar elevação temporária do PSA.
  • Ejaculação recente: Pode elevar o PSA por  48 horas.
  • Infecções do trato urinário: Podem causar inflamação da próstata e elevar o PSA.

2. Fatores que DIMINUEM o PSA:

  • Uso de medicamentos: Drogas como finasterida e dutasterida reduzem o PSA em cerca de 50%.
  • Cirurgia da próstata: A remoção da próstata (prostatectomia) reduz o PSA a níveis indetectáveis.
  • Radioterapia: Pode diminuir os níveis de PSA em casos de tratamento para câncer de próstata.
3. O que NÃO ALTERA os níveis de PSA?

Alguns fatores não têm impacto significativo nos níveis de PSA:

  1. Atividade física moderada: Exercícios não alteram o PSA.
  2. Alimentação: Não há necessidade de jejum para a coleta do PSA, e a dieta não interfere no resultado.
  3. Estresse emocional: O estresse não afeta os níveis de PSA.
  4. Exames de imagem: Ultrassom ou ressonância magnética que não envolvam a próstata não alteram o PSA.

Conclusão:

A coleta do PSA é simples e rápida, mas a interpretação dos resultados deve considerar fatores que podem alterar os níveis. Sempre consulte um médico para uma avaliação adequada, especialmente se houver alterações nos valores de PSA.

Entendendo o Exame de PSA

TópicoInformações
Como o PSA é colhido?– Coleta de sangue por punção venosa (geralmente no braço).
– Não é necessário jejum na maioria dos casos.
– A amostra é enviada ao laboratório para análise.
O que ALTERA o PSA?Aumenta o PSA:
– Idade avançada.
– Hiperplasia Prostática Benigna (HPB).
– Prostatite (inflamação ou infecção da próstata).
– Câncer de próstata.
– Toque retal ou biópsia da próstata recente.
– Ejaculação nas últimas 48 horas.  
Diminui o PSA:
– Uso de medicamentos como finasterida ou dutasterida.
– Cirurgia de remoção da próstata (prostatectomia).
– Radioterapia na próstata.
O que NÃO ALTERA o PSA?– Atividade física moderada.
– Alimentação (não é necessário jejum).
– Estresse emocional.
– Exames de imagem (ultrassom, ressonância) que não envolvam a próstata.        
Mitos e VerdadesMito: PSA elevado sempre indica câncer de próstata.
Verdade: PSA pode aumentar por outros motivos, como HPB ou prostatite.
Mito: Ejaculação não interfere no PSA.
Verdade: Ejaculação recente pode elevar temporariamente o PSA.
Mito: O PSA só é importante para homens idosos.
Verdade: Homens mais jovens também devem monitorar o PSA, se houver risco.
Mito: O exame de PSA é doloroso.
Verdade: A coleta é simples, rápida e causa apenas um leve desconforto.  

Dicas  importantes :

  • Mantenha um registro dos seus exames de PSA ao longo do tempo para monitorar tendências.
  • Converse com seu médico sobre fatores de risco para câncer de próstata, como histórico familiar.
  • Não se assuste com resultados alterados. O PSA é apenas uma ferramenta de triagem, e outros exames podem esclarecer o diagnóstico.

Quais são os Fatores de risco para o Câncer de Próstata  ?

Os fatores de risco para o câncer de próstata incluem idade avançada, histórico familiar, etnia, e fatores genéticos, além de fatores ambientais.

A idade é um dos principais fatores de risco, com a maioria dos casos ocorrendo em homens acima de 65 anos.

O histórico familiar de câncer de próstata aumenta significativamente o risco, indicando uma predisposição genética.

Homens de ascendência africana têm um risco maior de desenvolver câncer de próstata  em comparação com outras etnias.

Fatores genéticos específicos, como variantes germinativas e fusões genéticas como TMPRSS2:ERG,

Fatores ambientais e de estilo de vida, como dieta rica em gorduras, obesidade, e baixo nível de atividade física.

A Inflamação Intraprostática, que pode ser causada pela dieta, lesões químicas e alterações no microbioma, é outro fator de risco, pois pode levar a danos no DNA e ativação de receptores androgênicos, promovendo a carcinogênese.

Esses fatores de risco prejudicados para o desenvolvimento do câncer de próstata por meio de mecanismos que incluem alterações hormonais, danos ao DNA, e inflamação crônica, que podem levar a lesões e doença

Imagem câncer de Próstata
imagem fator de risco Câncer de Próstata
  • Idade:   Mais comum após os 50 anos. 
  • Histórico familiar:  Risco dobrado se parentes próximos tiveram a doença. 
  • Raça:   Homens negros têm maior incidência. 
  • Dieta rica em gordura
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Sedentarismo

Incidência de Câncer de Próstata por Faixa Etária

Faixa EtáriaIncidência de Câncer de Próstata (por 100.000 homens) por anoObservações
40-49 anos10-20 casosRaro nesta faixa etária, mas pode ocorrer em homens com histórico familiar.
50-59 anos50-100 casosA incidência começa a aumentar significativamente a partir dos 50 anos.
60-69 anos200-400 casosFaixa etária com maior diagnóstico de câncer de próstata.
70-79 anos500-800 casosA incidência atinge o pico nesta faixa etária.
80+ anos800-1.000 casosA incidência permanece alta, mas o diagnóstico pode ser menos frequente devido à menor realização de exames.

Incidência de Câncer de Próstata por Etnia

EtniaIncidência de Câncer de Próstata (por 100.000 homens) por anoRisco Relativo (Comparado à População Geral)Fatores Associados
Homens Negros150-200 casos1,5 a 2 vezes maiorMaior predisposição genética, acesso limitado a cuidados de saúde, diagnóstico tardio.
Homens Brancos100-120 casos1 vez (referência)Fatores de risco padrão: idade, histórico familiar, estilo de vida.
Homens Asiáticos50-70 casos0,5 a 0,7 vezes menorDieta rica em vegetais e menor consumo de gordura animal.
Homens Hispânicos80-100 casos0,8 a 0,9 vezes menorFatores culturais e dietéticos podem influenciar.
Homens Indígenas60-80 casos0,6 a 0,8 vezes menorDados limitados, mas estilo de vida e fatores ambientais podem contribuir.

 

O que falam algumas Fontes e Referências:

Incidência Global:

Dados do Globocan 2020 (Global Cancer Observatory) mostram que o câncer de próstata é o segundo câncer mais comum em homens no mundo, com incidência aumentando drasticamente após os 50 anos.

Fonte: Globocan 2020

Estudos Epidemiológicos:

Um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute mostrou que a incidência de câncer de próstata aumenta exponencialmente com a idade, especialmente após os 65 anos.

Fonte: JNCI

Dados do SEER (Surveillance, Epidemiology, and End Results Program):

O programa SEER, do Instituto Nacional de Câncer dos EUA, relata que a incidência de câncer de próstata é rara antes dos 40 anos, mas aumenta rapidamente após os 50 anos, atingindo o pico entre 70 e 79 anos.

Fonte: SEER Cancer Statistics

IMPORTANTE

Câncer de Próstata em Jovens:

Embora raro, o câncer de próstata pode ocorrer em homens com menos de 50 anos, especialmente naqueles com mutações genéticas (ex.: BRCA1/BRCA2) ou histórico familiar forte.

Leia também: Fatores de risco para câncer de próstata: uma revisão abrangente de estudos observacionais prospectivos e análises de randomização mendeliana .

Como Prevenir o Câncer de Próstata

imagem Prevenção Câncer de Próstata

A prevenção do câncer de próstata envolve hábitos saudáveis e exames periódicos. Confira as principais estratégias:

1. Alimentação Saudável

  • Consuma frutas, verduras e legumes: alimentos ricos em antioxidantes, como tomate (licopeno), brócolis e cenoura, ajudam a proteger as células.
  • Reduza o consumo de carne vermelha e gordura animal: prefira carnes magras, peixes e proteínas vegetais.
  • Inclua alimentos ricos em ômega-3: como peixes (salmão, sardinha), sementes de linhaça e chia.
  • Beba bastante água: a hidratação adequada é essencial para o funcionamento do organismo.

2. Pratique Exercícios Físicos

O sedentarismo aumenta o risco de diversas doenças, incluindo o câncer de próstata. Exercícios aeróbicos e musculação ajudam a controlar o peso, fortalecer o sistema imunológico e reduzir inflamações no corpo.

3. Controle o Peso e Evite o Tabagismo

O excesso de peso pode contribuir para o desenvolvimento do câncer. Além disso, fumar aumenta os riscos de diversos tipos de câncer, incluindo o de próstata.

4. Faça Exames Preventivos

Homens a partir dos 50 anos (ou 45 anos, se houver histórico familiar da doença) devem realizar exames regulares:

5. Evite o Estresse

O estresse crônico pode afetar o sistema imunológico e contribuir para o surgimento de doenças. Técnicas como meditação, ioga e momentos de lazer são essenciais para manter o bem-estar.


Tabela: Fatores de Risco e Estratégias de Prevenção

Fator de RiscoO Que Fazer para Prevenir
Idade acima de 50 anosExames regulares anuais
Histórico familiarMonitoramento precoce com um urologista
Dieta rica em gordurasAlimentação balanceada com frutas e vegetais
SedentarismoAtividade física regular (mínimo 150 min/semana)
ObesidadeControle do peso com dieta equilibrada e exercícios
TabagismoParar de fumar e evitar cigarro eletrônico

O câncer de próstata pode ser prevenido com hábitos saudáveis e diagnóstico precoce. Não espere os sintomas aparecerem! Agende consultas regulares com um urologista e mantenha uma rotina de cuidados com a sua saúde.

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Passos para Saber se Você Tem Câncer de Próstata

 

O diagnóstico de câncer de próstata é feito por meio de uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem.

1º Consulta com um Urologista:

O primeiro passo é marcar uma consulta com um urologista, o especialista em saúde masculina e doenças da próstata.

Exame de PSA (Antígeno Prostático Específico):

  • O PSA é um exame de sangue que mede os níveis de uma proteína produzida pela próstata.
  • Valores elevados de PSA podem indicar câncer de próstata, mas também podem ser causados por outras condições, como HPB ou prostatite.
  • Valores de referência:

              – Até 2,5 ng/mL: Normal (mas pode variar com a idade).

             – Acima de 2,5 ng/mL: Pode indicar necessidade de investigação.

3º Toque Retal:

  • O urologista realiza um exame físico para avaliar o tamanho, forma e textura da próstata.
  • O toque retal é rápido e pode detectar nódulos ou áreas endurecidas na próstata.

4º Exames de Imagem:

  • Se houver suspeita, o médico pode solicitar exames de imagem, como:

      -Ultrassom da próstata: Para avaliar o tamanho e a estrutura da próstata.

      -Ressonância Magnética Multiparamétrica: Para identificar áreas suspeitas na próstata antes da biópsia e para guiar a biópsia

5º Biópsia da Próstata:

  • Se os exames anteriores indicarem suspeita de câncer, o médico pode recomendar uma biópsia.
  • Nesse procedimento, pequenas amostras de tecido da próstata são coletadas e analisadas em laboratório para confirmar a presença de células cancerosas.

6º Patologia:

  • Somente pelo estudo do tecido da próstata retirado pela biópsia é que se pode confirmar o diagnóstico do câncer de próstata
  • O exame é chamado  Exame Anátomo Patológico ou Exame de Anatomia Patológica

Biópsia Prostática  :  Como é feita , Cuidados e Importância

 
Imagem biópsia da Próstata
 

Como é Feita a Biópsia Prostática?

O procedimento é geralmente realizado por Via Transretal, sob Sedação ou Anestesia Local e orientação de ultrassom, e dura cerca de 30 minutos . Passo a passo: 

 

1.Posicionamento: Você deitará de lado, com os joelhos flexionados. 

2.Ultrassom:  Um transdutor é inserido no reto para visualizar a próstata. 

3.Anestesia : Aplicação de anestésico local na região próstata/retal para reduzir o desconforto ou através de Sedação.

4.Coleta de amostras :  Uma agulha fina coleta fragmentos (12 a 18 amostras) da próstata para análise. 

 
Cuidados Pré-Operatórios

– Jejum : Geralmente 8 horas antes. 

– Medicações : Informe ao médico se usa anticoagulantes (ex.: aspirina) – pode ser necessário suspender. 

– Antibióticos : Prescritos antes e após o exame para prevenir infecções. 

– Acompanhante: Leve alguém para auxiliá-lo após o procedimento. 

 
 

Cuidados Pós-Operatórios

–  Repouso : Evite esforços físicos por 24–48 horas. 

– Sintomas comuns : Sangue na urina, sêmen ou reto (Pode durar vários dias).  É normal se for em pequena quantidade.

–  Alerta : Febre, dor intensa ou sangramento excessivo exigem contato médico imediato. 

–   Atividades  : Evite relações sexuais e atividade física mais intensa  por 1 semana. 

 
 

Riscos (Complicações Raras, mas Possíveis) 

  • Infecção :  2–5% dos casos (estudos mostram redução com antibióticos profiláticos).
  • Sangramento retal/urinário : Geralmente leve e autolimitado. 
  • Dor local: Controlável com analgésicos comuns. 
  • Retenção urinária : Menos de 1% dos casos.

Importante :

 
 

A biópsia é  o padrão-ouropara confirmar câncer de próstata.

Detecta tumores em estágios iniciais, aumentando chances de cura

Define o grau de agressividade (escore de Gleason) para personalizar terapias.

 
 
Tire Todas as Suas Dúvidas

1.A biópsia dói?

A anestesia reduz a dor, mas pode haver desconforto leve. 

2. Quanto tempo demora o resultado?

Em média, 7–10 dias. 

3. Biópsia sem câncer significa que estou seguro? 

Não necessariamente. Em casos suspeitos, pode ser repetida com novas técnicas. 

4. Posso dirigir após o exame?

Não recomendado – leve um acompanhante.

 

5. Há alternativas à biópsia tradicional?

Sim, biópsia por fusão de ressonância magnética, menos invasiva e mais precisa. 

 
 

Controvérsias e Desafios

  • Sobrediagnóstico: Estima-se que 20-30% dos tumores detectados nunca progrediriam. 
  • Rastreamento em idosos : Não recomendado para homens com expectativa de vida menor que  10 anos. 
  • Acesso desigual : Em países em desenvolvimento, a falta de infraestrutura dificulta a detecção precoce. 

Tratamento do Câncer de Próstata: Opções para Baixo Risco, Risco Intermediário e Alto Risco

O Tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença, da agressividade do tumor (classificação de Gleason), do nível de PSA e das condições de saúde do paciente.

O tratamento deve ser individualizado . Para isso, o Câncer de Próstata  é classificado em Cinco estágios para que se possa definir através de decisão compartilhada a melhor estratégia de  tratamento.

O risco do câncer de próstata é classificado de acordo com critérios que avaliam a probabilidade de progressão da doença e orientam o tratamento.

Os sistemas mais utilizados são o NCCN, D’Amico  e EAU consideram três fatores principais:

  • Nível de PSA
  • Escore de Gleason (grau histológico)
  • Estadiamento clínico (TNM)**.

A combinação desses elementos define os grupos de risco.

Essa classificação ajuda a orientar o tratamento e o prognóstico. Abaixo está uma tabela resumindo os critérios para cada categoria de risco:

  1. Muito Baixo Risco
  2. Baixo Risco
  3. Risco Intermediário Favorável
  4. Risco Intermediário desfavorável
  5. Alto Risco
Categoria de RiscoPSAEscala de GleasonEstágio Clínico (TNM)
Muito Baixo RiscoPSA < 10 ng/mLGleason ≤ 6T1c (tumor não palpável)
Baixo RiscoPSA < 10 ng/mLGleason ≤ 6T1-T2a (tumor confinado à próstata)
Risco Intermediário FavorávelPSA 10-20 ng/mLGleason 7 (3+4)T2b-T2c (tumor localizado)
Risco Intermediário DesfavorávelPSA 10-20 ng/mLGleason 7 (4+3)T2b-T2c (tumor localizado)
Alto RiscoPSA > 20 ng/mLGleason 8-10T3-T4 (tumor extraprostático ou invasivo)

Explicação dos critérios:

  1. PSA (Antígeno Prostático Específico): Mede a quantidade de PSA no sangue, que pode estar elevada em casos de câncer de próstata.
  2. Escala de Gleason: Avalia a agressividade do tumor com base na aparência das células cancerosas (escore de 6 a 10).
  3. Estágio Clínico (TNM): Classifica a extensão do tumor (T), envolvimento de linfonodos (N) e metástases (M).

Essa estratificação é amplamente utilizada para guiar decisões terapêuticas, como cirurgia, radioterapia ou vigilância ativa.

O seu Urologista deve lhe falar sobre todas as opções de tratamento de acordo com o seu tipo específico de Câncer de Próstata.

A classificação do câncer de próstata em relação ao prognóstico é essencial para orientar o tratamento e o acompanhamento do paciente.

 Tumores de baixo risco têm excelente prognóstico, enquanto tumores de alto risco exigem abordagens mais agressivas podendo precisar de complementação de tratamento após a cirurgia com hormonioterapia e radioterapia .

Se você ou alguém próximo está enfrentando o diagnóstico de câncer de próstata, é importante discutir com o médico a classificação e as opções de tratamento mais adequadas.

As opções variam desde a vigilância ativa para tumores de baixo risco até tratamentos mais intensivos, como cirurgia e radioterapia, para casos de risco intermediário e alto risco.

Abaixo, detalhamos as principais abordagens terapêuticas.

1. Tratamento para Câncer de Próstata de Baixo Risco

O câncer de próstata de baixo risco é caracterizado por tumores pequenos, de crescimento lento e com baixa probabilidade de se espalhar.

As opções de tratamento incluem a Vigilância Ativa ,  Radioterapia Externa,  Braquiterapia ( Implante de semente Radioativas na Próstata ) , HIFU( Ultrassom de Alta Frequência ) e Cirurgia.

Vigilância Ativa

Imagem Vigilância Ativa
  • O que é: Monitoramento regular do câncer, com exames de PSA, toque retal  a cada 6 meses , Ressonância Multiparamétrica da Próstata e biópsias periódicas. Existem Protocolos bem estabelecidos .
  • Indicação: Pacientes com tumores de baixo risco (Gleason 6, PSA baixo) e expectativa de vida superior a 10 anos.
  • Vantagens: Evita tratamentos desnecessários e seus efeitos colaterais, como incontinência urinária e disfunção erétil.
  • Desvantagens: Requer acompanhamento rigoroso e pode causar ansiedade ao paciente.

Terapia Focal (HIFU – Ultrassom Focalizado de Alta Intensidade)

Imagem HIFU
  • O que é: Uso de ultrassom para destruir apenas a área cancerosa da próstata, preservando o restante do órgão.
  • Indicação: Tumores localizados e de baixo risco.
  • Vantagens: Menos invasivo, com menor risco de efeitos colaterais.
  • Desvantagens: Ainda em estudo para comprovar eficácia a longo prazo.

Radioterapia Externa

imagem Radioterapia Externa
  • O que é: Uso de radiação para destruir células cancerosas.
  • Indicação: Tumores localizados ou localmente avançados.
  • Vantagens: Não requer cirurgia e pode ser combinada com hormônioterapia.
  • Desvantagens: Pode causar fadiga, irritação na bexiga e reto, e disfunção erétil.

Braquiterapia

Imagem Braquiterapia
  • O que é: Implantação de sementes radioativas diretamente na próstata.
  • Indicação: Tumores de risco intermediário ou baixo risco.
  • Vantagens: Tratamento localizado, com menos efeitos colaterais que a radioterapia externa.
  • Desvantagens: Pode causar irritação urinária e disfunção erétil.

Cirurgia (Prostatectomia Radical)

Imagem dr. José Gonçalves Urologista
  • O que é: Remoção completa da próstata e das vesículas seminais.
  • Indicação: Tumores localizados, especialmente em pacientes jovens e saudáveis.
  • Vantagens: Remoção completa do tumor, com possibilidade de cura.
  • Desvantagens: Risco de incontinência urinária e disfunção erétil.

2. Tratamento para Câncer de Próstata de Risco Intermediário

Para tumores de risco intermediário e alto risco, a cirurgia (especialmente a Prostatectomia Robótica) e a radioterapia são as principais abordagens.

3.Tratamento para Câncer de Próstata de Alto Risco

O câncer de próstata de alto risco é mais agressivo e tem maior probabilidade de se espalhar.

Os pacientes que possuem alto risco provavelmente necessitarão de complementação de tratamento além da cirurgia ,como a Terapia Hormonal  associada a Radioterapia Externa no local onde estava a Próstata opções de tratamento incluem:

Radioterapia com Terapia Hormonal

Imagem  Radioterapia com Hormônioterapia
  • O que é: Combinação de radioterapia e medicamentos para reduzir os níveis de testosterona.
  • Indicação: Tumores de alto risco ou localmente avançados.
  • Vantagens: Aumenta a eficácia do tratamento.
  • Desvantagens: Efeitos colaterais da hormônioterapia, como perda de libido, ondas de calor e osteoporose.

Tratamentos Sistêmicos : Quimioterapia e Terapia de Células  Alvo

  • Indicação: Câncer metastático ou resistente à hormonoterapia.
  • Vantagens: Controla a doença em estágios avançados.
  • Desvantagens: Efeitos colaterais significativos, como fadiga, náuseas e queda de cabelo.

Conclusão

O tratamento do câncer de próstata deve ser individualizado, considerando o estágio da doença, as características do tumor e as preferências do paciente.

Para tumores de baixo risco, a Vigilância Ativa ou terapias focais, como o HIFU, podem ser opções seguras. Para tumores de risco intermediário e alto risco, a cirurgia (especialmente a prostatectomia robótica) e a radioterapia são as principais abordagens.

Prostatectomia Robótica se destaca como uma técnica avançada, com resultados superiores em termos de precisão, recuperação e preservação da qualidade de vida. Se você está considerando o tratamento para câncer de próstata, converse com um urologista especializado para escolher a melhor opção para o seu caso.

Cirurgia Robótica:  Como é Feita, Benefícios no Pós-Operatório e Vantagens em Relação à Técnica Aberta e Laparoscópica

Imagem Cirurgia Robótica

cirurgia robótica revolucionou a medicina moderna, especialmente no tratamento de condições complexas, como o câncer de próstata.

Utilizando tecnologia de ponta, essa técnica oferece maior precisão, menor invasividade e recuperação mais rápida.

O Que é Cirurgia Robótica?

Imagem Cirurgia Robótica

A cirurgia robótica é um procedimento minimamente invasivo no qual o cirurgião utiliza um sistema robótico (como o Da Vinci) para realizar operações complexas com maior precisão. O robô é controlado pelo cirurgião a partir de um console, que oferece uma visão ampliada e tridimensional do campo cirúrgico.

Como a Cirurgia Robótica é Feita?

Preparação do Paciente:
  • O paciente é submetido à Anestesia Geral.
  • Pequenas incisões (de 0,5 a 1 cm) são feitas no abdômen para a inserção dos braços robóticos e da câmera.
Posicionamento do Robô:
  • O Sistema Robótico é posicionado próximo ao paciente, e seus braços são acoplados aos instrumentos cirúrgicos.
Controle pelo Cirurgião:
  • O cirurgião senta-se em um console, onde controla os movimentos dos braços robóticos com alta precisão.
  • A câmera oferece uma visão 3D ampliada, permitindo detalhes que não são visíveis a olho nu.
Realização da Cirurgia:
  • O cirurgião remove o tecido afetado (por exemplo, a próstata no caso do câncer de próstata) com movimentos precisos e delicados.
  • Os vasos sanguíneos e nervos próximos são preservados ao máximo.
Finalização:
  • Após a remoção do tecido, o robô é desconectado, e as incisões são fechadas.

Benefícios no Pós-Operatório da Cirurgia Robótica

A cirurgia robótica oferece inúmeros benefícios no pós-operatório, incluindo:

  • Menor Dor: 

–  As incisões menores resultam em menos dor após a cirurgia.

  • Recuperação Mais Rápida:

Os pacientes geralmente retornam às atividades normais em 2 a 4 semanas, em comparação com 6 a 8 semanas na cirurgia aberta.

  • Menor Risco de Infecção:

–  As incisões menores reduzem o risco de infecções no local da cirurgia.

  • Menos Sangramento:

–  A precisão do robô reduz o sangramento durante e após a cirurgia.

  • Melhores Resultados Funcionais:

–  Preservação dos nervos responsáveis pela ereção e dos músculos que controlam a continência urinária, reduzindo o risco de disfunção erétil e incontinência.

Imagem Preservação dos Nervos na Próstatectomia Radical

Vantagens da Cirurgia Robótica em Relação à Técnica Aberta e Laparoscópica

A Cirurgia Robótica supera as técnicas tradicionais em vários aspectos:

AspectoCirurgia RobóticaCirurgia AbertaCirurgia Laparoscópica
IncisõesPequenas (0,5 a 1 cm).Grande (10 a 15 cm).Pequenas (1 a 2 cm).
Visão do Campo CirúrgicoAmpliada e 3D.Visão direta limitada.Visão 2D na tela.
PrecisãoMovimentos precisos e filtrados.Depende da habilidade do cirurgião.Movimentos limitados pelos instrumentos.
SangramentoMínimo.Maior risco de sangramento.Mínimo /Moderado.
Recuperação2 a 4 semanas.6 a 8 semanas.2 a 4 semanas.
Resultados FuncionaisMelhor preservação de nervos e músculos.Maior risco de disfunção erétil e incontinência.Risco intermediário de disfunção erétil e incontinência.

Quando a Cirurgia Robótica é Indicada?

A cirurgia robótica é especialmente indicada para:

  • Câncer de Próstata: Prostatectomia radical robótica.
  • Cirurgias Urológicas: Remoção de tumores renais ou da bexiga.
  • Cirurgias Ginecológicas: Histerectomia ou tratamento de endometriose.
  • Cirurgias Abdominais: Reparo de hérnias ou remoção de tumores.

cirurgia robótica representa um avanço significativo na medicina, oferecendo maior precisão, menor invasividade e recuperação mais rápida em comparação com as técnicas tradicionais.

Para pacientes com câncer de próstata, por exemplo, a prostatectomia robótica é a opção preferencial devido à sua capacidade de preservar a função sexual e urinária.

Se você está considerando a cirurgia robótica, converse com um cirurgião especializado para entender se essa técnica é a melhor opção para o seu caso. Com tecnologia de ponta e resultados comprovados, a cirurgia robótica está transformando vidas e oferecendo novas esperanças para pacientes em todo o mundo.

Benefícios Oncológicos da Prostatectomia Radical Robótica

Imagem Dissecção dos nervos na Prostatectomia Radical

A prostatectomia radical robótica oferece vantagens significativas do ponto de vista oncológico, principalmente em relação à precisão cirúrgicamargens cirúrgicas negativas e preservação de estruturas anatômicas críticas.

Esses fatores contribuem para um melhor controle do câncer e reduzem o risco de recidiva.

1.Margens Cirúrgicas Negativas

  • O que são: Margens cirúrgicas negativas significam que não há células cancerosas na borda do tecido removido, indicando que todo o tumor foi retirado.
  • Benefício da Robótica: A visão 3D ampliada e os movimentos precisos do robô permitem uma dissecção mais precisa, aumentando as taxas de margens negativas.
  • Evidência Científica: Um estudo publicado no European Urology (2020) comparou a prostatectomia robótica com a aberta e laparoscópica, mostrando que a robótica teve taxas significativamente maiores de margens negativas, especialmente em tumores localmente avançados.

– Fonte: European Urology – Comparação de Margens Cirúrgicas

2. Preservação de Estruturas Anatômicas

  • O que é: A preservação dos feixes neurovasculares (nervos responsáveis pela ereção) e do esfíncter urinário (músculo que controla a continência) é crucial para resultados funcionais e oncológicos.
  • Benefício da Robótica: O robô permite uma dissecção mais precisa, preservando essas estruturas sem comprometer a remoção completa do tumor.
  • Evidência Científica: Um estudo no Journal of Urology (2021) demonstrou que a prostatectomia robótica teve taxas mais altas de preservação dos feixes neurovasculares em comparação com a cirurgia aberta e laparoscópica, sem comprometer os resultados oncológicos.

–  Fonte: Journal of Urology – Preservação de Estruturas

3.Menor Taxa de Recidiva

  • O que é: A recidiva do câncer de próstata é medida pelo aumento do PSA após a cirurgia (recidiva bioquímica).
  • Benefício da Robótica: A precisão da cirurgia robótica reduz a probabilidade de deixar células cancerosas residuais, diminuindo o risco de recidiva.
  • Evidência Científica: Um estudo de coorte publicado no The Lancet Oncology (2019) mostrou que pacientes submetidos à prostatectomia robótica tiveram taxas menores de recidiva bioquímica em 5 anos em comparação com a cirurgia aberta e laparoscópica.

–  Fonte: The Lancet Oncology – Recidiva Bioquímica

4.Melhor Controle do Câncer em Tumores de Alto Risco

  • O que é: Tumores de alto risco (Gleason 8-10, PSA > 20 ng/mL) são mais desafiadores e exigem uma abordagem cirúrgica precisa.
  • Benefício da Robótica: A visão ampliada e os instrumentos articulados do robô permitem uma remoção mais completa do tumor, mesmo em casos complexos.
  • Evidência Científica: Um estudo no BJU International (2022) comparou os resultados oncológicos da prostatectomia robótica em tumores de alto risco com os da cirurgia aberta, mostrando que a robótica teve taxas mais altas de controle do câncer e menor necessidade de tratamentos adicionais (como radioterapia ou hormonoterapia).

–  Fonte: BJU International – Tumores de Alto Risco

Comparação Oncológica entre Técnicas Cirúrgicas

Aspecto OncológicoProstatectomia RobóticaProstatectomia AbertaProstatectomia Laparoscópica
Margens Cirúrgicas NegativasTaxas mais altas.Taxas intermediárias.Taxas intermediárias.
Preservação de EstruturasMelhor preservação de nervos e esfíncter.Preservação limitada.Preservação moderada.
Recidiva BioquímicaTaxas mais baixas.Taxas mais altas.Taxas intermediárias.
Controle em Tumores de Alto RiscoMelhor controle do câncer.Controle intermediário.Controle intermediário.

Conclusão

A prostatectomia radical robótica oferece benefícios oncológicos significativos em comparação com as técnicas aberta e laparoscópica, incluindo maiores taxas de margens negativas, melhor preservação de estruturas anatômicas, menor risco de recidiva e controle superior em tumores de alto risco.

Essas vantagens são respaldadas por estudos científicos recentes, como os publicados no European UrologyJournal of UrologyThe Lancet Oncology e BJU International.

Para pacientes com câncer de próstata, especialmente aqueles com tumores de alto risco, a cirurgia robótica representa a opção mais avançada e eficaz, combinando precisão cirúrgica e resultados oncológicos superiores.

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